Isto faz-me lembrar dele. Ele adorava andar de camisa e de óculos de sol. |
Conheci o Henry quando mudei de escola e de turma, no 10º ano. Já o tinha adicionado no Facebook quando soube que ele ia ser da minha turma e nunca nos tínhamos falado de forma alguma.
A minha primeira impressão dele foi que ele era muito sociável, conversava com toda a gente, tentava saber se estávamos a gostar da escola, da turma, de tudo... Falava com todas as pessoas, e numa turma com mais de 20 raparigas, era quase impossível ele não falar com elas (o que me iria irritar no futuro e eu mal sabia).
Lá pelo meio de tanta conversa, acabei por engraçar com ele e metia-me muitas vezes com ele por causa do irmão dele que eu conhecia de vista.
Logo nas primeiras conversas soube que ele vivia num seminário (durante a semana) e que tal acontecia porque ele era muito ligado à vida religiosa. Nunca me importei muito com esse assunto, pelo menos no princípio da nossa amizade.
No meio disso apareceu o G. que com a sua ladainha me levou a estar com ele, porque supostamente gostava de mim e eu dele, deixei-me levar e lá demos uns beijos numa tarde que gostava de apagar da minha memória. Ele só queria alguém com quem estar.Enfim, continuando...
Eis que o Henry começou a aproximar-se, cada vez mais, a querer ficar ao meu lado nas aulas, a falar comigo em particular, a ser o Henry de olhinhos mansos. Não me apercebi do sentimento que estava a criar por ele e não tinha noção do que ele poderia ou não sentir.
No dia dos namorados de 2012 recebi uma carta dele, em que ele me dizia, por entre outras coisas "Sei que gostas de mim e peço desculpa, mas o sentimento não é o mesmo...". Não me importei, não deixei de falar com ele e não me afastei...
Nesse ano convidei-o para o meu aniversário e ele foi, não falamos muito, mas sempre que podíamos estávamos de mãos dadas, assim como quem não quer a coisa.
O tempo foi passando e no dia 22 de maio, eu não aguentei mais e, no fim de uma aula, simplesmente beijou-a. Ele só sussurrou "És maluca!" e devolveu-me o beijo. Senti-me super feliz e a partir daí as coisas correram bem. Mas o pior de tudo estava para vir, quando as férias de verão desse ano letivo começaram, ele disse aquilo que eu menos esperava "Desculpa, mas não vamos poder estar juntos nas férias!". Fiquei para morrer, eram 3 meses sem nos vermos... Explicação? A mãe dele não me suportava!
Não suportei aquilo! Estar 3 meses a vê-lo apenas através de uma câmera de um computador era estúpido demais. Mas foi o que aconteceu e quando isso acontece, muita coisa muda e eu achava que sim, que tinha mudado. Então quando o voltei a ver, na apresentação do 11º ano não fui sequer capaz de o beijar. Não conseguia, aquele não era o Henry que eu conhecia e naquele momento os sentimentos pareciam tão vagos...
Tentei fazer com que as coisas melhorassem, mas não consegui. Então no dia 25 de setembro de 2012 acabei com ele, com as lágrimas nos olhos, os nervos à flor da pele e uma vontade imensa de desaparecer.
As minhas amigas não entendiam, não percebiam o que me tinha levado a fazer aquilo, mas eu não podia viver na angústia de o deter sabendo que ele podia continuar a ter uma vida sem mim.
Mas quando em novembro me disseram "O Henry teve um acidente e magoou-se na perna", caiu-me tudo, mesmo. E só me apeteceu bater-lhe, porque toda a gente sabia menos eu, toda a gente tinha sido avisada por ele, menos eu... Não quis sequer acreditar, mas a preocupação, o amor, apoderaram-se de mim e eu tive de falar com ele, dar tudo por ele e fazê-lo entender que ia estar sempre ali, para tudo e que o amava, que queria estar com ele.
Não foi suficiente e quando ele me disse "Esquece-nos!", eu chorei, eu desabei, eu entrei em colapso... emagreci, deixei-me abater e só queria estar sozinha, chorar e nem sequer vê-lo. Ele não tinha o direito... A partir daquele momento, conviver com ele diariamente tornou-se uma tortura. As discussões repetiam-se, a raiva acumulava-se de uma forma cruel.
Até que ele mandou mensagem "Olá, só queria que soubesses que estou cansado disto, nós não queremos isto, eu sei!". Realmente não queria, mas deixei que as coisas acalmassem e tornamos a falar civilizadamente.
No dia 12 de janeiro de 2013 recebi uma mensagem dele que dizia "Quero-te de volta, quero-nos de volta!". Eu também queria e cedi... Cedi porque o queria de volta, cedi porque tinha saudades, cedi porque o amava. E no dia 14 de janeiro voltamos a estar juntos. Mas tudo ali era perfeito, eu sentia que naquele momento estávamos a 100%, os dois, na relação.
No dia dos namorados ele discutiu com a mãe por minha causa e eu aí soube que ele gostava de mim o suficiente para fazer frente à mãe, que tanto me odiava e eu nem imaginava porquê.
Mas ainda tínhamos muito para viver, se, no dia dos meus anos, a mãe dele não se recusasse a levá-lo até à minha festa. Fiquei destroçada e com vontade de chorar o dia inteiro. Mas o sofrimento não ficaria por aí, uma vez que no dia seguinte, ele passou a tarde toda com outra rapariga, por causa de uns eventos que ele andava a fazer. Enervei-me o suficiente para me recusar a falar com ele durante 3 dias e quando voltamos a falar ele não conseguia parar de pedir desculpa. Mas as coisas tinham mudado e eu sentia.
No dia 3 de abril ele disse que queria falar comigo e eu entendi tudo, não precisei que ele dissesse aquelas palavras "Desculpa, eu gosto muito de ti, quero ver-te feliz, mas eu escolhi o outro caminho, eu quero ser padre.". Não protestei, pedi que me deixasse sair dali e a partir daquele momento as lágrimas não caíram mais por ele, não consegui.
Esta é a minha história com o Henry, o rapaz que me deixou porque quer ser padre. Hoje em dia somos amigos, grandes amigos. Porque a verdade é que nunca houve um namorado com o qual eu não continuasse amiga, não faz parte da minha natureza não gostar do pão que já comi, se é que me faço entender.
Espero que não vos tenha massacrado muito, e peço desculpa caso haja erros. Mas isto é tãooooo extenso. Nunca pensei! Obrigada por tudo e pelas vossas palavras de carinho no post a que me referi em cima. Obrigada!
A minha primeira impressão dele foi que ele era muito sociável, conversava com toda a gente, tentava saber se estávamos a gostar da escola, da turma, de tudo... Falava com todas as pessoas, e numa turma com mais de 20 raparigas, era quase impossível ele não falar com elas (o que me iria irritar no futuro e eu mal sabia).
Lá pelo meio de tanta conversa, acabei por engraçar com ele e metia-me muitas vezes com ele por causa do irmão dele que eu conhecia de vista.
Logo nas primeiras conversas soube que ele vivia num seminário (durante a semana) e que tal acontecia porque ele era muito ligado à vida religiosa. Nunca me importei muito com esse assunto, pelo menos no princípio da nossa amizade.
No meio disso apareceu o G. que com a sua ladainha me levou a estar com ele, porque supostamente gostava de mim e eu dele, deixei-me levar e lá demos uns beijos numa tarde que gostava de apagar da minha memória. Ele só queria alguém com quem estar.
Eis que o Henry começou a aproximar-se, cada vez mais, a querer ficar ao meu lado nas aulas, a falar comigo em particular, a ser o Henry de olhinhos mansos. Não me apercebi do sentimento que estava a criar por ele e não tinha noção do que ele poderia ou não sentir.
No dia dos namorados de 2012 recebi uma carta dele, em que ele me dizia, por entre outras coisas "Sei que gostas de mim e peço desculpa, mas o sentimento não é o mesmo...". Não me importei, não deixei de falar com ele e não me afastei...
Nesse ano convidei-o para o meu aniversário e ele foi, não falamos muito, mas sempre que podíamos estávamos de mãos dadas, assim como quem não quer a coisa.
O tempo foi passando e no dia 22 de maio, eu não aguentei mais e, no fim de uma aula, simplesmente beijou-a. Ele só sussurrou "És maluca!" e devolveu-me o beijo. Senti-me super feliz e a partir daí as coisas correram bem. Mas o pior de tudo estava para vir, quando as férias de verão desse ano letivo começaram, ele disse aquilo que eu menos esperava "Desculpa, mas não vamos poder estar juntos nas férias!". Fiquei para morrer, eram 3 meses sem nos vermos... Explicação? A mãe dele não me suportava!
Não suportei aquilo! Estar 3 meses a vê-lo apenas através de uma câmera de um computador era estúpido demais. Mas foi o que aconteceu e quando isso acontece, muita coisa muda e eu achava que sim, que tinha mudado. Então quando o voltei a ver, na apresentação do 11º ano não fui sequer capaz de o beijar. Não conseguia, aquele não era o Henry que eu conhecia e naquele momento os sentimentos pareciam tão vagos...
Tentei fazer com que as coisas melhorassem, mas não consegui. Então no dia 25 de setembro de 2012 acabei com ele, com as lágrimas nos olhos, os nervos à flor da pele e uma vontade imensa de desaparecer.
As minhas amigas não entendiam, não percebiam o que me tinha levado a fazer aquilo, mas eu não podia viver na angústia de o deter sabendo que ele podia continuar a ter uma vida sem mim.
Mas quando em novembro me disseram "O Henry teve um acidente e magoou-se na perna", caiu-me tudo, mesmo. E só me apeteceu bater-lhe, porque toda a gente sabia menos eu, toda a gente tinha sido avisada por ele, menos eu... Não quis sequer acreditar, mas a preocupação, o amor, apoderaram-se de mim e eu tive de falar com ele, dar tudo por ele e fazê-lo entender que ia estar sempre ali, para tudo e que o amava, que queria estar com ele.
Não foi suficiente e quando ele me disse "Esquece-nos!", eu chorei, eu desabei, eu entrei em colapso... emagreci, deixei-me abater e só queria estar sozinha, chorar e nem sequer vê-lo. Ele não tinha o direito... A partir daquele momento, conviver com ele diariamente tornou-se uma tortura. As discussões repetiam-se, a raiva acumulava-se de uma forma cruel.
Até que ele mandou mensagem "Olá, só queria que soubesses que estou cansado disto, nós não queremos isto, eu sei!". Realmente não queria, mas deixei que as coisas acalmassem e tornamos a falar civilizadamente.
No dia 12 de janeiro de 2013 recebi uma mensagem dele que dizia "Quero-te de volta, quero-nos de volta!". Eu também queria e cedi... Cedi porque o queria de volta, cedi porque tinha saudades, cedi porque o amava. E no dia 14 de janeiro voltamos a estar juntos. Mas tudo ali era perfeito, eu sentia que naquele momento estávamos a 100%, os dois, na relação.
No dia dos namorados ele discutiu com a mãe por minha causa e eu aí soube que ele gostava de mim o suficiente para fazer frente à mãe, que tanto me odiava e eu nem imaginava porquê.
Mas ainda tínhamos muito para viver, se, no dia dos meus anos, a mãe dele não se recusasse a levá-lo até à minha festa. Fiquei destroçada e com vontade de chorar o dia inteiro. Mas o sofrimento não ficaria por aí, uma vez que no dia seguinte, ele passou a tarde toda com outra rapariga, por causa de uns eventos que ele andava a fazer. Enervei-me o suficiente para me recusar a falar com ele durante 3 dias e quando voltamos a falar ele não conseguia parar de pedir desculpa. Mas as coisas tinham mudado e eu sentia.
No dia 3 de abril ele disse que queria falar comigo e eu entendi tudo, não precisei que ele dissesse aquelas palavras "Desculpa, eu gosto muito de ti, quero ver-te feliz, mas eu escolhi o outro caminho, eu quero ser padre.". Não protestei, pedi que me deixasse sair dali e a partir daquele momento as lágrimas não caíram mais por ele, não consegui.
Esta é a minha história com o Henry, o rapaz que me deixou porque quer ser padre. Hoje em dia somos amigos, grandes amigos. Porque a verdade é que nunca houve um namorado com o qual eu não continuasse amiga, não faz parte da minha natureza não gostar do pão que já comi, se é que me faço entender.
Espero que não vos tenha massacrado muito, e peço desculpa caso haja erros. Mas isto é tãooooo extenso. Nunca pensei! Obrigada por tudo e pelas vossas palavras de carinho no post a que me referi em cima. Obrigada!